Viajo naqueles tubos. Tubos que dão em minha própria infecção. Sim, meu pulso é infame.
"Tudo na vida é relativo. Um fio de cabelo numa cabeça é pouco, mas em um prato de sopa é muito."
Se eu tivesse que ir quando acabasse, eu daria um jeito e ficaria. Se eu tivesse que vender alegria, pra pagar toda dor que me cobrasse, eu daria de troco a outra face, outra légua, contigo, eu andaria. Se dos sonhos sonhados eu quisesse, além deles, viver, quando acordado e se o sol, absurdo me dissesse, que só posso sonhar de olhos fechados, eu iria chamar a amiga lua, um eclipse, pra nós, encomendado, só pra recompensar eu ter ficado.
Fases...
Se eu pudesse controlar todos os meus sentimentos, se eu pudesse por um segundo congelar o tempo e mudar as coisas de lugar, se eu pudesse começar tudo de novo, se eu pudesse me jogar na grama descalço, se eu pudesse correr na chuva e esquecer o passado, se eu pudesse gritar pro nada, esquecer de tudo e não olhar pros lados, se eu pudesse respirar fundo, entender a fundo e andar num barco. Se eu pudesse.... Hoje me encontro dentro de mim, num quarto escuro e não enxergo se quer um resumo. Posso ver dejetos, posso ver tudo menos os retalhos. Eu joguei tudo fora, eu me perdi em mim, me entreguei pro nada e sem nem perguntar o porquê. Eu sempre fiz isso, todas as vezes, eu gostei do erro, eu aticei o pecado, eu me machuquei, eu acabei com os laços. Eu me parti ao meio e agora me sinto acabado. E do que adiantou? só que hoje eu não lamentar, hoje não vou chorar, hoje não vou correr, hoje, apenas hoje, eu vou enfrentar! Enfrentar o demonio dentro de mim, aquele que consome através da minha palma, que se alimenta através da minha alma e torce pelo meu fim. Demonio que vaga pelo labrinto da mente, que faz o podre deixando meu conciente dormente, demonio que me deu com as mãos, mas que me tirou com o coração. Demonio que se vinga todos os dias, e que pago por essa ser minha sina. Demonio de tudo que sou, aquele que interra o corpo em sua própria tumba fria de toda a terra que sobrou.
March.
É como se eu não sentisse mais nada. É como se eu não lembrasse de como o nada é, nada pra mim de uma forma que nada tinha que ser, nada aconteceu, nada se fez, nada foi, nada ficou, nada. E eu que pensava que não poderia encontrar o nada dentro de mim mesmo, onde nada era real. Me perder no nada, em meio a nada, do nada, que nada. Agora posso entender o porque, se nada era e nada tinha que ser. Se me destraío por um instante me pego do nada, fazendo nada, e mesmo não fazendo nada, é fazer algo, mesmo que seja nada. De fato não era nada, e de nada adiantou.
